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Foto do escritorBruno Ferraz

AAS em idosos: maior risco de anemia


Foto gerada com AI pelo Bing

Trago resultados de um estudo interessante que foi publicado recentemente na revista Annals of Internal Medicine. Trata-se de uma análise post-hoc do estudo ASPREE (estudo que comparou o uso de AAS x placebo sobre a redução de eventos cardiovasculares em idosos). O estudo incluiu pacientes com idade superior a 70 anos (acima de 65 anos se fossem negros ou hispânicos) ditos saudáveis (sem doença cardiovascular, demência ou algum grau de incapacidade). Estes foram randomizados para placebo ou AAS 100mg/dia e foram acompanhados por um tempo de seguimento de quase 5 anos.



Nesta análise post-hoc, foi avaliada a incidência de anemia em ambos os grupos assim como os níveis de ferritina. A incidência de anemia foi 20% maior nos usuários de AAS (HR 1,2; IC95% 1,12-1,29). Nos usuários de AAS, foi maior a prevalência de ferritina abaixo de 45mcg/L no 3º ano (13 x 9,8%). Esses achados foram independentes da identificação de sangramento ativo.


Com isso, sempre vale identificar se nosso doente realmente se beneficia do uso de AAS. Mais um dado importante que mostra que esta "prevenção primária sem indicação" pode causar mais doença que evitar.


Bibliografia: McQuilten ZK, et al. Effect of Low Dose Aspirin versus Placebo on Incidence of Anemia in the Elderly: An Analysis of the Aspirin in Reducing Events (ASPREE) Randomized Controlled Trial. Annals of Internal Medicine. 2023; doi: 10.7326/M23-0675





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