Um paciente de 62 anos tem o diagnóstico de miocardiopatia dilatada em classe funcional III é levado ao hospital por quadro de sonolência, confusão mental, piora da dispneia em relação ao padrão de base e redução do debito urinário. Ao exame físico pulsos diminuídos com extremidades frias e pegajosas. A pressão arterial era de 70 x 40 mmHg, frequência cardíaca de 100 bpm e a frequência respiratória de 24 irpm. Ausculta pulmonar com MV fisiológico, sem ruídos adventícios. Ritmo cardíaco em galope. Qual a melhor conduta inicial?
A - Ressuscitação volêmica B - Inicio de Dobutamina C - Inicio de Adrenalina D - Inicio de Dopamina E - Inicio de Fenoldopam
RESPOSTA:
Na chegada do paciente com hipótese diagnóstica de insuficiência cardíaca descompensada devem ser tomadas medidas que incluem oxigenioterapia, acesso venoso e monitorização( eletrocardiograma, pressão e respiração) com atenção à não suspensão rotineira das drogas em uso e profilaxia de tromboembolismo venoso. Deve-se priorizar inicialmente o diagnóstico classificatório com a definição do perfil clínico/hemodinâmico.
São sinais de perfusão tecidual adequada: Nível de consciência adequada, pulsos cheios, extremidades quentes e ausência de sinais de baixo fluxo (pressão de pulso reduzida, sonolência/obnubilação, confusão mental, extremidades frias e oligúria) . São sinais de congestão pulmonar: dispnéia, ortopnéia, dispnéia paroxística noturna, aumento do volume abdominal, edema de MMII.
O paciente encontra-se na classificação frio e seco de Stevenson com sinais e sintomas de baixo débito, boa frequência cardíaca porém sem sinais de sobrecarga e congestão sistêmica. Portanto é necessária a reposição cuidadosa de volume e depois se necessário o uso de aminas vasoativas.
Melhor resposta letra A
COMENTÁRIO POR: GIOVANNI POSSAMAI DUTRA Residência em Cardiologia - Hospital Barra D'Or Residência em Clínica Médica - Hospital Federal Cardoso Fontes