Paciente de 67 anos, HAS, tabagista, sedentário, é admitido em emergência de hospital geral com dor precordial típica, náuseas e vômitos. ECG de admissão diagnosticou IAM com SST em parede inferior, sendo imediatamente submetido a fibrinólise com sucesso. Não apresentou qualquer tipo de complicação mecânica ou disfunção ventricular ao Ecocardiograma. Após 2 dias de evolução, assintomático, curva troponinemica em franca queda, porém ainda positiva, o paciente está ansioso pela alta hospitalar. Visando estratificar o risco Pós IAM, qual a melhor conduta? A. Novo cateterismo Cardiaco com vetriculografia B. Teste ergométrico C. Ecocardiograma de stress D. Teste ergométrico após 3º dia de evolução, se troponina em queda E. Teste ergométrico após 5º dia de evolução, se troponina negativa
RESPOSTA A estratificação de risco em pacientes que sofreram IAM tem como objetivo identificar, antes da alta hospitalar, os pacientes com maior probabilidade de eventos fatais e fazer uma avaliação prognostica. Pacientes que evoluem sem complicação (Killip I) e sem sinais clínicos de alto risco podem ser encaminhados para estratificação, por meio de exames complementares nao invasivos provocadores de isquemia.. O teste ergometrico pre alta hospitalar, em pacientes adequadamente selecionados, exibe uma significativa acuracia prognostica.
A realização de ecocardiograma prévio é pré-requisito para o teste de esforço, a fim de excluir a presença de disfunção ventricular e/ou valvar, trombos e pericardite. O exame deve ser realizado em ambiente hospitalar. Com finalidade de melhor controle funcional e prognóstico, o teste deve ser repetido 2, 6 e 12 meses apos a alta hospitalar. A seleção dos pacientes para a realização do teste ergometrico, constitui por si só um bom marcador de risco. Os pacientes que realizaram o teste ergométrico, independentemente do resultado do exame, tiveram mortalidade cardiaca anual menor (< 1,5%) que aqueles em que o exame foi contraindicado (> 7%).
Portanto, a resposta é a letra E
Postado por:
ANNA LUIZA RENNÓ MARINHO
Plantonista da Unidade Coronariana do Hospital Barra D'Or
Residência em Clínica Médica - Hospital Universitário Gaffré-Guinle
Residência em cardiologia - Instituto Nacional de Cardiologia